Palácio Guanabara
O Palácio Guanabara, começou a ser construído em 1853, pelo comerciante José Machado Coelho, numa propriedade conhecida por Chácara do Rozo de Domingos Francisco de Araújo Rozo, e que era a mais bela chácara da rua, que se chamava Rua Guanabara (atual Rua Pinheiro Machado) e que foi residência particular até 1860.
Em 1865 o Governo Imperial adquiriu o palacete, de Estilo Néo-Clássico, para ser a residência da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, recém-casados, por isto o palacete passou por uma reforma feita pelo arquiteto José Maria Jacinto Rebelo e passou a chamar-se Paço Isabel ou Palácio Isabel.
À época, o acesso ao palácio era feito pela Rua Paissandu, que por essa razão foi ornada com uma centena de palmeiras imperiais (Roystonea oleracea). Pertenceu aos príncipes até à proclamação da República em 1889, quando foi confiscado pelo governo militar e transferido ao patrimônio da União e em 1908 passou por outra reforma de Francisco Marcelino de Souza Aguiar e do paisagista Paul Villon, que lhe deu algumas características ecléticas.
Em 1922 hospedou o Rei Alberto da Bélgica e a partir de 1960 tornou-se sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro, permanecendo até nossos dias. O Palacete possui exuberantes jardins.
O palácio foi utilizado pelo presidente Getúlio Vargas como residência oficial durante o Estado Novo (1937-1945). Foi atacado durante o Putsch da Ação Integralista Brasileira em 1938, sendo repelidos pela Polícia Especial (da Polícia Civil do Rio de Janeiro), reação reforçada, posteriormente, pelo Exército.
A partir de 1946, passou a sediar a Prefeitura do Distrito Federal até 1960, ano da criação do Estado da Guanabara. Deixou de ser a residência oficial, quando esta retornou para o Palácio do Catete e foi, mais tarde, transferida para o Palácio Laranjeiras, a dois quarteirões de distância.
Foi doado ao governo do antigo estado da Guanabara pelo presidente Ernesto Geisel (1974-1979).
Atualmente é utilizado como sede do governo fluminense, ali despachando o governador e a equipe de seu gabinete. Até hoje a Família Imperial tenta retomar sua posse (sendo um dos processos jurídicos mais antigos do país).
Lendas
Segundo uma lenda, o Palácio Guanabara é amaldiçoado. Um dos escravos que trabalhou na primeira reforma da casa durante a monarquia teria sido torturado por um feitor e, antes de morrer, lançou uma maldição: “Nenhum morador da mansão da Rua Guanabara terá tranquilidade enquanto lá viver”, segundo relata o livro O Rio Pitoresco, do historiador Sebastião Castrou.
Verdade ou não, é difícil confirmar. No entanto, para os supersticiosos, diversos fatos históricos comprovam a lenda.
A Princesa Isabel, primeira governante a ocupar o Palácio, foi expulsa do lugar após a proclamação da República em 1889. Orsina da Fonseca, esposa do Marechal Hermes da Fonseca, depois de o marido tomar posse e se mudar para a mansão, morreu. Em 1920, o rei Alberto da Bélgica acidentou-se e morreu após ter-se hospedado um mês no Palácio. O presidente Washington Luiz foi deposto, em 1930. Na década de 50, o Guanabara tornou-se sede da prefeitura. Oito prefeitos não concluíram o seu mandato. Em 1960, o Palácio virou sede do governo estadual.
Por Vanesa López
Endereço e telefones
• Rua Pinheiro Machado, S/N – Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ
Ao lado da sede do Fluminense.
(21) 2334-3774 / 2334-3216 / 2334-3215